Histórico - Restinga Net

Histórico

A ideia de organizar uma rede para integração de dados sobre estudos em vegetação de restinga surgiu em várias discussões em diferentes fóruns entre 1990 e 2000, quando a internet começava a engatinhar no Brasil. As pesquisas em restinga tomaram impulso principalmente a partir do apoio do CNPq através do Programa Linhas de Ação em Botânica criado em 1987. Este Programa tinha como objetivo apoiar grupos emergentes para realizar trabalhos em diferentes ecossistemas prioritários na Mata Atlântica, Manguezal, Restinga e Pantanal, com metodologias padronizadas. Com relação as restingas, cinco grupos foram apoiados nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Alagoas, e a partir deste apoio o grupo liderado pela Profa. Dorothy S.D. de Araújo foi fortalecido e consolidado.

A construção da página começou a se tornar uma necessidade a partir da difusão dos computadores pessoais e da internet no Brasil. Mas nessa época ainda não havia a profusão de revistas eletrônicas de hoje, e os textos eram principalmente impressos e alguns de difícil acesso eram muito dependentes dos serviços de Bibliotecas físicas através do COMUT. Veicular uma página de internet e facilitar a busca de informação bibliográfica amplamente espalhada por boletins e periódicos, muitas vezes de circulação restrita, ou de difícil acesso tornou-se um compromisso. A página só foi criada no Rio de Janeiro, em 2001, a partir de uma reunião ocorrida em meados de 2000, onde participaram profissionais e estudantes dedicados ao estudo, conservação e preservação da flora e vegetação das restingas fluminenses. Estavam presentes também nesse encontro: Leonor Ribas de Andrade, Luiz Roberto Zamith, Marcia Botelho, Miriam Cristina Alvarez Pereira, Rita de Cassia Montezuma e Vera Lúcia Dalmaso.

A base desta página foram as 471 referências disponíveis na primeira bibliografia sobre restingas publicada em 1982 por L.D.Lacerda, D.S.D.Araujo e N.C.Maciel (Restingas Brasileiras: uma bibliografia), um livreto de circulação restrita publicada pela Fundação José Bonifácio. A essa base foram acrescidas referências de diversas áreas do conhecimento que vinham desde 1994 sendo compiladas por Dorothy Sue Dunn de Araujo, Cyl Farney Catarino de Sá, Viviane Stern da Fonseca-Kruel, Miriam Cristina Alvarez Pereira, Norma Crud Maciel. Ao longo dos anos de existência abriu-se espaço então para disponibilizar a lista de espécies das restingas do Rio de Janeiro e Espírito Santo, de uma consulta sobre publicações relacionadas a Unidades de Conservação e de um cadastro de contatos de estudiosos no tema. A primeira versão da página contou com a colaboração de Alan D. Araujo (Design, Programação e Administração Técnica), Gustavo Kruel (Criação do splash page), Leonor Ribas de Andrade (Pesquisa sobre Unidades de Conservação), Oberdan José Pereira (Lista florística do Espírito Santo) e Rodrigo Coelho de Sá (Digitação de referências).

Com o intuito de divulgar a existência dessa página, Sá & Pereira (2004) escreveram um texto na Revista Gerenciamento Costeiro Integrado (hoje Journal of Integrated Coastal Zone Management / Revista de Gestão Costeira Integrada) que na ocasião objetivava circular nos países de língua portuguesa, todos ligados ao mar. A manutenção e atualização dessa página e domínio foram totalmente custeadas por Dorothy Sue Dunn de Araújo durante esses 20 anos. Alan Dunn de Araújo foi também o gestor técnico da página durante esse período. A atualização da página foi custeada por Alan Dunn de Araújo e Cyl Farney Catarino de Sá através da contratação da consultoria de Mary Paz Guillén (Design) e Comunik16 (Programação do site). Agradecemos a Georg Oliveira Müller e Bárbara de Pinho Agapito pela ajuda na atualização da Lista de Espécies e das Unidades de Conservação.

Referência: Sá, C.F.C. & Pereira, M. C. A. 2004. Planicies arenosas costeiras ("restingas") no Brasil: democratizando uma base bibliográfica. Gerenciamento Costeiro Integrado, 3: 48-49.